sexta-feira, 31 de julho de 2009

Mestrado defendido - Professores de Matemática que usam a tecnologia de informação e comunicação no ensino superior


Douglas Marin realizou uma pesquisa sobre o uso de tecnologia informática na disciplina Cálculo Diferencial e Integral por professores de diferentes instituições. O interesse surgiu a partir de sua própria prática, pois é professor de Cálculo numa universidade perto de São Paulo onde mora. Defendeu o mestrado no início de 2009 e continua como docente na universidade.

A foto é do dia da defesa junto com a banca - Profa. Rosana, Douglas, Miriam (eu) e Prof. Arlindo.

abaixo o resumo de sua dissertação que pode ser encontrada na íntegra no site da biblioteca da UNESP.

Esta pesquisa tem a finalidade de compreender como os professores de Cálculo fazem uso da tecnologia de informação e comunicação (TIC) em suas aulas. Os participantes foram professores do ensino superior que utilizam TIC para ensinar Cálculo, que foram localizados pela indicação de colegas, através de listas de discussões eletrônicas, a partir da leitura de teses e dissertações, por indicação de outros participantes da pesquisa e ainda por visitas a instituições de ensino superior. Não se limitou a examinar a questão apenas no âmbito do curso de Matemática, mas abrangeu professores de diferentes cursos que apresentam a disciplina em seu currículo. Os dados foram provenientes de entrevistas e de um formulário preenchido pelos professores. A análise dos dados, que foi guiada pela pergunta “Como os professores de matemática fazem uso da TIC na disciplina de Cálculo?”, possibilitou discutir os seguintes temas: perfil dos professores, estrutura oferecida pelas instituições, planejamento e gestão da aula, vantagens e desvantagens do uso de TIC na sala de aula. As expectativas de contribuição deste trabalho são: apresentar sugestões para o professor do ensino superior a respeito de estratégias no ensino e aprendizagem do Cálculo através da utilização da TIC e constituir-se num referencial para outras pesquisas em Educação Matemática.

Mestrado em andamento - Grupos de estudos na elaboração de atividades de geometria dinâmica em uma perspectiva investigativa


Este é meu orientando Guilherme Henrique Gomes da Silva, que iniciou o mestrado em educação matemática aqui na UNESP em março de 2008 após terminar uma especialização em matemática oferecida também aqui pelo departamento de matemática. O Guilherme foi aluno do Juarez que fez o mestrado aqui e estimulou seus alunos lá de São João da Boa Vista a prosseguirem estudos em nível de pós-graduação. Além do mestrado ele dá aulas como professor efetivo na rede estadual e municipal de ensino numa outra cidade. Viaja bastante para fazer tudo isso mas está sempre alegre e animado com a pesquisa.

abaixo um resumo do que trata sua pesquisa

A problemática da pesquisa aqui apresentada está relacionada ao uso da Tecnologia da Informação e Comunicação na Educação Matemática. Seu foco é analisar as potencialidades do uso de um software de Geometria Dinâmica como uma das possíveis ferramentas para o ensino e aprendizagem de Geometria. Para isso, tem-se como questão diretriz: “Que elementos do trabalho docente podem potencializar o trabalho em ambientes de Geometria Dinâmica numa perspectiva investigativa?”. O objetivo da pesquisa é verificar como um grupo de estudo formado por futuros professores de Matemática se apropria de um software de Geometria Dinâmica de forma a inseri-lo em sua prática docente. Interessa saber quais as potencialidades que o grupo atribuirá ao programa voltado à educação básica. Faz parte dos objetivos conhecer a natureza das dificuldades que surgirão durante os estudos, preparação de atividades e aplicação em sala de aula. Para alcançar os objetivos optou-se em adotar uma metodologia de pesquisa qualitativa, pois se pretende compreender elementos de uma situação que envolve o cotidiano do futuro professor de Matemática, sentimentos, motivações, crenças e atitudes individuais. A expectativa é contribuir para a Educação em aspectos como: formação inicial de professores de Matemática para o uso das novas tecnologias; melhor compreensão sobre o funcionamento de um grupo de estudos; desenvolvimento do próprio software utilizado pelo grupo e desenvolver atividades de geometria dinâmica para uso em sala de aula.

Mestrado defendido - Contribuições de um grupo de estudos para a formação matemática de professoras que lecionam nas séries iniciais


Apresento a Jucelene Gimenes, que foi aluna da licenciatura em matemática na UNESP de Rio Claro e prosseguiu com o mestrado sob minha orientação. Sua dissertação foi defendida em 2006. Na época ela lecionava matemática para classes de 1a. a 4a. séries numa escola da rede particular pois ela cursou o Magistério antes da faculdade. Atualmente, ela mudou-se com a família para outra cidade onde leciona, como professora efetiva, para classes do ensino fundamental da rede pública de ensino e no curso de Pedagogia da Faculdade Salesiana Dom Bosco. Está iniciando a participação em um grupo de pesquisa na UNICAMP com a perspectiva de um doutorado. Na foto, ela aparece com o Denival que também foi meu orientando e que auxiliou na coleta de dados da pesquisa da Jucelene.

abaixo o resumo de sua pesquisa.

Resumo

Esta dissertação apresenta uma pesquisa norteada pela seguinte pergunta: Quais as contribuições de um grupo de estudo para o professor que busca conhecer “os porquês” de conteúdos matemáticos? Seus dados são provenientes de um grupo constituído por professoras para estudar “os porquês” do sistema de numeração decimal e das operações fundamentais, assuntos que foram escolhidos por elas, pois, segundo seus depoimentos, são conceitos difíceis de ensinar e que mereciam um maior aprofundamento. Os dados foram coletados por meio de filmagem, caderno de campo, entrevistas semi-estruturadas e fichas de acompanhamento. A análise teve como suporte teórico os estudos sobre formação de professores e grupos de estudos. Os resultados nos mostram que as contribuições têm a ver com troca de experiências, segurança, valorização e reflexão sobre a prática que já vem sendo desenvolvida, e principalmente, contribuições em relação às justificativas dos conteúdos matemáticos mencionados. Considera-se que essas contribuições podem refletir positivamente na atuação do professor em sala de aula o que é um dos principais objetivos da pesquisa. Além de trazer subsídios para estudos em diferentes esferas que tratam de formação de professores e, ainda, contribuir para organizações e estruturações de grupos de estudos.


Palavras-chave: Educação Matemática, grupo de estudos, formação continuada de professores, séries iniciais.

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Mestrado defendido - PROFESSORES-MULTIPLICADORES: uma maneira de organizar a formação de professores de matemática para o uso da informática na escola


Apresento a Renata Moro Sichieri que defendeu o mestrado em 2004 na UNESP - Rio Claro e continuou atuando como professora de escolas da rede estadual e particular do ensino fundamental e médio. Além disso Renata está participando de um grupo de estudo colaborativo juntamente com mais professoras, cursa disciplinas como aluna especial na pós-graduação da UNICAMP, e recentemente publicou um capítulo num livro produzido pelo seu grupo de estudos.

Resumo da pesquisa de mestrado

O objetivo principal desta pesquisa foi conhecer quais as possibilidades e as limitações do processo de formação de professores de Matemática, processo em que professor capacita professor na área de Informática Educativa. Possibilidades, no sentido de destacarmos aspectos considerados positivos dentro deste processo de capacitação, e limitações, procurando apontar alguns aspectos que devem ser repensados na elaboração de novos processos. Utilizando a abordagem qualitativa de pesquisa, foram entrevistados nove professores que, após receberem uma capacitação em Informática Educativa, tornaram-se responsáveis pela capacitação dos demais colegas da Rede Pública Estadual Paulista, sendo chamados de multiplicadores. Entrevistamos também, com o intuito de conhecer melhor a escolha do multiplicador, uma pessoa ligada ao órgão responsável por esta capacitação no Estado. A análise dos dados foi feita com base na literatura sobre Formação de Professores em Informática Educativa e foi dividida em dois temas: as idéias básicas norteadoras e a organização da estratégia. Com relação às idéias norteadoras, observamos que a relação multiplicador-professor é simétrica e permite uma troca de experiências muito importante. Quanto à sua organização, a falta de continuidade das ações junto ao multiplicador e ao professor é uma das limitações deste processo. Concluímos, até por isso, que esse é um processo que deve ser valorizado, mas precisa incorporar idéias de continuidade e suporte ao trabalho de colaboração entre professores. Esperamos que o presente estudo traga subsídios para a elaboração de novos processos de capacitação de professores para o uso da Informática Educativa na escola.

Mestrado em andamento - O alcance e a potencialidade do programa RIVED, na visão de professores de matemática


Apresento a Vanessa de Paula Cintra que veio da Universidade Federal de Uberlândia (UFU) para Rio Claro no ano de 2008 para cursar disciplinas como aluna especial. Em março de 2009, a Vanessa ingressou como aluna regular de mestrado sob minha orientação. O seu projeto está relacionado com pesquisa desenvolvida em nível de iniciação científica na UFU sob a orientação do meu colega, Professor Arlindo Souza.

Resumo do projeto


O presente projeto de pesquisa possui como objetivo analisar o alcance do Programa Rede Interativa Virtual de Educação - RIVED em um dos pólos das equipes de Matemática participantes deste programa. O RIVED é um projeto governamental que visa a promover e incentivar o uso da informática na educação por meio da produção de módulos educacionais na forma de Objetos de Aprendizagem - OA. O foco da pesquisa será um estudo de caso do pólo da cidade de Uberlândia – MG, município onde está instalada a equipe de Matemática do RIVED da Universidade Federal de Uberlândia – UFU, e contará com informações oriundas deste pólo. Serão realizadas entrevistas semi-estruturadas com professores de Matemática da Rede Pública e com os alunos que participaram ou que atualmente participam deste programa. Também será feita uma caracterização do material produzido e disponibilizado pelo RIVED, analisando a produção dos demais pólos participantes do Programa RIVED através de um levantamento e análise dos conteúdos abordados pelos Objetos de Aprendizagem de Matemática disponíveis.


Palavras-chave: Educação Matemática. Tecnologias da Informação e Comunicação - TIC. Políticas Públicas. RIVED (MEC/SEED). Objetos de Aprendizagem

Doutorado em andamento - A Imagem no Ambiente Informatizado enquanto Elemento Facilitador para o Ensino de Geometria com Criança Surda


Apresento meu orientando de doutorado - Elielson Ribeiro de Sales (ersalles@gmail.com)


Sales, como gosta de ser chamado, mudou-se de Belém-PA para Rio Claro para começar o doutorado em educação matemática na UNESP de Rio Claro em março de 2009. Veio compartilhar conosco a experiência que possui sobre educação matemática para estudantes surdos.


Resumo da pesquisa

O eixo central da pesquisa surgiu da necessidade de dirigir o olhar ao cenário que compõe o contexto da escola especializada na educação de Surdos, para investigar em que medida a utilização da imagem no ambiente informatizado pode contribuir para o processo de ensino e aprendizagem de geometria com a criança Surda. A presente proposta será conduzida em duas unidades especializadas na educação de Surdos do município de Belém-PA, com 20 alunos Surdos, usuários da Libras, matriculados no Ensino Fundamental. Serão utilizadas como estratégias: observações em sala de aula; registro através de filmagens das atividades desenvolvidas pelos alunos. Entrevista semi-estruturadas com os responsáveis pelos alunos, com o intuito de coletar informações sobre um pouco da história de cada aluno. Os dados serão discutidos tendo em vista dois aspectos: o processo metodológico envolvido no trabalho com alunos surdos; as aquisições conceituais apresentados pelos alunos em relação aos problemas aditivos.

Palavras-chave: Imagem. Surdez. Informática Educativa. Geometria

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Novo número da Revista da ULBRA

Foi lançado mais um número da Revista Acta Scientiae (V. 11, Número 1, Jan-Jun, 2009) http://www.ulbra.br/actascientiae

A Revista ActaScientiae possui fluxo contínuo e publica artigos em português, inglês e espanhol.

* Sumário
5 Editorial
Artigos
7
*
Matemática Educativa: una visión de su evolución
Ricardo Cantoral, Rosa María Farfán (México)
*
21
*
A critical reflection on mathematics-for-teaching
George Gadanidis, Immaculate Namukasa (Canadá)
*
31
*
Um modelo para analisar registros de professores em contextos interativos de aprendizagem
Janete Bolite Frant, Monica Rabello de Castro (Brasil - SP)
*
50
*
A vocação matemática como reconhecimento acadêmico
Adriana Cesar de Mattos (Brasil - SP)
*
62
*
Educar pela pesquisa: possibilidades para uma abordagem transversal no ensino da Química
Roque Moraes (Brasil - RS)
*
73
*
Misconceptions and metaconceptions in instrumental analysis
Antonio Doménech-Carbó, José Vicente Gimeno-Adelantado, Francisco Bosch-Reig (Espanha)
*
88
*
Educação ambiental e educação científi ca na perspectiva Ciência, Tecnologia e Sociedade (CTS): pilares para uma educação crítica
Carlos Frederico B. Loureiro, Jacqueline Girão Soares de Lima (Brasil - RJ)
*
101
*
Estratégias para o ensino de química orgânica no nível médio: uma proposta curricular
Maira Ferreira, José Cláudio Del Pino (Brasil -RS)
*
119
*
A Wikipédia e a construção de conhecimento no ensino de História da Física
Renato P. dos Santos (Brasil - RS)

terça-feira, 21 de julho de 2009

Brincadeiras, explorações e ações

Lançado um novo livro do Professor Rui Madsen pela editora autentica, que traz várias sugestões para atividades recreativas envolvendo o pensamento matemático. São várias curiosidades que usualmente não levamos para a aula de matemática. Acho que é uma forma prazerosa de envolver o aluno com a matemática.
É claro que a ansiedade é tão grande para cumprir o currículo pois são tantas as cobranças, que fica difícil encontrar espaço para isso nas aulas. Mas quem sabe uma vez a cada 15 dias introduzir algo desse tipo. E é claro que com um pouco de tempo para planejar é possível relacionar com o conteúdo da proposta curricular e perceber que essa brincadeira é muito séria e produtiva. Serão dois volumes. Já está lançado o primeiro volume intitulado CONEXÕES E EDUCAÇÃO MATEMÁTICA - brincadeiras, explorações e ações.

vejam a sintese abaixo

Ruy Madsen Barbosa apresenta, na série O Professor de Matemática em Ação, obras inovadoras sobre recreações matemáticas e material pedagógico para a sala de aula e para a formação do professor de matemática. O primeiro volume se inicia com uma preparação do raciocínio lógico para, na sua segunda parte, fornecer farto material sobre coloração de polígonos e poliedros, especialmente cubos. Em seguida, ele brinda o leitor com recreações de algarismos e números, em um interessante movimento de “descoberta passo a passo”. Por fim, há no volume I divisão de figuras, redes de pontos e jogo dos isolamentos. No segundo volume, os professores encontrarão um amplo estudo do material pedagógico “triângulos companheiros” relacionado com as modernas peças de Penrose. O autor dedica atenção especial à sucessão de Fibonacci nos aspectos matemáticos e naqueles relacionados à natureza e à sua ubiquidade; às suas aplicações curiosas a triângulos 5-congruentes não congruentes e às ternas pitagóricas, além de contemplar as decomposições de quadrados em quadrados fibonacianos. A segunda parte trata de poliminós, poliamondes, polihexes e policubos. O volume II trata, ainda, dos problemas de balanças e dos pesos aferidos. Com essas publicações, o autor ultrapassa 30 livros

segunda-feira, 20 de julho de 2009

educação financeira nas aulas de matemática

Em minha opinião a educação financeira na aula de matemática favorecerá a metodologia de trabalho com projetos. Vamos torcer para que essa lei seja implementada logo.
E os professores? Como fica a formação de professores? Os cursos de licenciatura preparam os professores para ensinar isso? Tenho minhas dúvidas...


> Portal UOL Educação, 17/07/2009

Câmara aprova educação financeira nas aulas de matemática

Da Redação em São Paulo

A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania) da Câmara aprovou o ensino de finanças na disciplina de matemática, no ensino fundamental e médio. A proposta segue agora para o Senado. A medida, aprovada na quarta-feira (15), constava em um projeto analisado e referendado pela Comissão de Educação e Cultura. O relator do projeto na CCJ, deputado Bonifácio de Andrada (PSDB-MG), fez com que o projeto alterasse a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Em sua opinião, o assunto não cabia em projeto de lei separado.

"Promover a alteração por meio de lei isolada, como proposto tanto no projeto original, como no substitutivo da Comissão de Educação e Cultura, atinge diretamente a construção normativa do currículo de educação básica", disse. O primeiro texto previa uma disciplina autônoma de educação financeira entre a 5ª e a 8ª série. A versão final aprovada na Câmara atribui ao assunto o status de parte do conteúdo de matemática.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

cursos, cursos... até quando?

Noticia no jornal Folha de São Paulo diz da baixa procura dos professores em serviço pelos cursos de formação continuada oferecidos pelo MEC.
Surpresa? É claro que não. Antes de oferecer esses cursos é preciso saber o que querem e o que precisam os professores que estão nas salas de aula das escolas espalhadas por esse país. A baixa procura de que fala a reportagem pode ser entendida como uma resposta dos professores para esses cursos que, em grande parte, são planejados dentro dos gabinetes.
Cursos, cursos.... será que não há um outro modelo de atuação para dar suporte ao trabalho do professor na escola?

veja a notíca...

São Paulo, 17 de julho de 2009

JORNAIS

Folha de S.Paulo

Editoriais
Baixa procura
Pouca adesão inicial a programa do MEC para formar professor indica necessidade de mobilizar as três esferas federativas

A NECESSIDADE de melhorar a formação dos professores brasileiros é consenso no debate sobre estratégias para avançar na qualidade do ensino. A fim de atender a essa demanda, o MEC (Ministério da Educação) preparou um plano para ofertar 330 mil vagas até 2015 em cursos para docentes de escolas públicas. O objetivo é chegar àqueles que ainda não têm nível superior ou que não fizeram licenciatura na disciplina específica em que dão aulas.


O plano parecia perfeito no papel, mas uma reportagem do jornal carioca "O Globo" acaba de mostrar que há indícios preocupantes de desinteresse, por parte dos próprios profissionais, em melhorar sua formação.Dezesseis dias após o anúncio do plano -e a 15 do prazo final de inscrição-, apenas 5.794 profissionais haviam feito inscrição para as 52.894 vagas, o que dá um percentual de 11%. Em Estados mais pobres e com indicadores educacionais piores, a situação é ainda mais inquietante: Piauí, Maranhão e Bahia tiveram, até agora, menos de 4% de inscritos em relação às vagas oferecidas.
A baixa procura levou o MEC a lançar uma campanha para informar aos professores a possibilidade de, gratuitamente, complementar sua formação em períodos nos quais não estejam em aula. A preocupação se justifica, especialmente quando se recorda da desastrosa iniciativa do governo federal de erradicar o analfabetismo adulto.


O presidente Lula iniciou seu primeiro mandato com a promessa de acabar com o analfabetismo num prazo de quatro anos. Montou um plano ambicioso para alfabetizar 20 milhões de brasileiros. O próprio Lula chegou a dizer, no lançamento do programa, em 2003, que o desafio era "menos de dinheiro" e "mais de disposição política".Os resultados da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), do IBGE, mostram que não se chegou nem perto disso. De 2002 a 2006, a queda no número de analfabetos foi irrisória, de 14,8 milhões para 14 milhões. O último dado disponível, de 2007, mostra que o país ainda tem 10% de sua população adulta sem saber ler ou escrever um bilhete simples.


Um dos motivos para esse fracasso pode ser pesquisado na própria Pnad: o percentual de analfabetos que diziam frequentar escola ou curso de alfabetização nunca superou 4% na série histórica da pesquisa. Em resumo, montou-se um plano que parecia bem elaborado nos gabinetes da burocracia de Brasília, mas que foi por água abaixo por falta de demanda.
Ainda há tempo para prevenir que o mesmo ocorra com a formação de professores. Para isso, será necessário maior empenho não apenas do Ministério da Educação, mas, também, de Estados e municípios. Eles terão que dar estímulos concretos para incentivar seus docentes a melhorarem sua capacitação e conciliarem a iniciativa com as atividades em sala de aula.

domingo, 12 de julho de 2009

País tem 11,5% de crianças analfabetas

São Paulo, domingo, 12 de julho de 2009





Dados do IBGE apontam que entre 2001 e 2007, a redução de analfabetos com 8 e 9 anos de idade foi só de 2,5 pontos

Se a queda for na mesma velocidade, dificilmente o Brasil cumprirá a meta de ter até 2022 todas crianças alfabetizadas aos 8 anos

ANTÔNIO GOIS
DA SUCURSAL DO RIO

Apesar dos avanços, o Brasil ainda tem 11,5% das crianças de oito e nove anos analfabetas.
Este percentual já foi bem maior (47% em 1982), mas, na atual década, vem caindo em ritmo mais lento, segundo a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), do IBGE. De 2001 a 2007, a redução foi de apenas 2,5 pontos.
Uma criança não alfabetizada com mais de oito anos de idade apresenta dificuldades não apenas em português, mas em todas as outras disciplinas, já que sua capacidade de compreender textos é limitada.
É normal que, a medida que um indicador melhore, seu ritmo de queda reduza. O problema é que, se continuar caindo na mesma velocidade de 2001 a 2007, o Brasil dificilmente cumprirá a meta de ter até 2022 toda criança plenamente alfabetizada aos oito anos de idade, estipulada pelo movimento Todos Pela Educação.
A situação é mais grave no Nordeste (23% de crianças analfabetas), especialmente no Maranhão (38%), Alagoas (29%) e Piauí (27%).
O dado do IBGE, porém, não dá um diagnóstico completo, pois se baseia só na informação de pais sobre se seus filhos sabem ler e escrever um bilhete simples. O instrumento que mais se aproxima deste objetivo é a Provinha Brasil, teste do MEC que avalia o nível de alfabetização no 2º ano do ensino fundamental. Como a prova é feita e corrigida pelas próprias redes, sua divulgação fica a critério do Estado ou município.
Resultados obtidos pela Folha com as secretarias que já divulgaram o exame mostram que, na cidade do Rio, em Belo Horizonte e no Distrito Federal, mais de um terço dos estudantes estavam abaixo do nível considerado adequado.
Eles não necessariamente são analfabetos, mas apresentam dificuldades até mesmo para ler frases curtas ou palavras mais complexas.
No Rio e no Distrito Federal, o percentual de alunos abaixo do adequado foi de 37% e, em Belo Horizonte, 35%. São Paulo ainda não divulgou os dados.

Repetência
Para o especialista em avaliação educacional Ruben Klein, a principal explicação para o analfabetismo entre crianças cair em ritmo mais lento é a repetência na primeira série.
Uma tabela elaborada por ele mostra que a trajetória da repetência na primeira série tem comportamento idêntico ao verificado na taxa de analfabetismo aos 8 e 9 anos.
Em 1982, o censo escolar do MEC registrava que 60% das crianças desta série eram repetentes. A taxa diminuiu quase pela metade até o ano 2000, quando registrou-se 32% de crianças repetentes.
O problema foi que, a partir daí, a queda se deu em ritmo mais lento e, em 2005 (último ano da série histórica do pesquisador), ela estava em 29%, uma redução de apenas três pontos percentuais na primeira metade da década.
Klein pondera que essas crianças não alfabetizadas na idade correta acabam aprendendo tardiamente. Prova disso é que, aos 15 anos, o percentual de analfabetos na Pnad oscila entre 1% e 2% desde 2002.
"Mas é uma alfabetização muito simples e grosseira, longe de ser suficiente, e que compromete a qualidade da aprendizagem, já que eles chegam aos 14 ou 15 anos de idade com um atraso muito grande em relação à série que deveriam estar cursando", diz o especialista.
Os dados do IBGE mostram também que a alfabetização varia de acordo com a renda.
Em famílias mais ricas (mais de cinco salários mínimos per capita), aos cinco anos de idade, quase metade (47%) das crianças já se alfabetizaram. Entre as mais pobres (menos de 1/4 de salário mínimo per capita) o percentual é de 10%.
Aos sete, praticamente todas as crianças mais ricas já se alfabetizaram, mas a taxa entre as mais pobres é de 49%.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Innovate journal of online education

Innovate (ISSN 1552-3233) is an open-access, peer-reviewed, online periodical published bimonthly by the Fischler School of Education and Human Services at Nova Southeastern University. The journal focuses on the creative use of information technology to enhance education and training in academic, commercial, and governmental settings. Our basic assumption is that innovation in one sector can inform practice in each of the other sectors.

As our list of authors illustrates, we welcome submissions from a wide community of practitioners—from professors, teachers, trainers, and support specialists to program administrators, software designers, and leaders in the information technology industry. Articles generally fall into one of the following categories:

Applied Research and Advanced Practice: Description of a technological innovation and its implementation, even in pilot form, and presentation of evidence that substantiates its practicality and value. The topic may be large in scale (e.g., a technology tool tested at 10 institutions) or more limited in scope (e.g., a technology tool employed in a science class or in a corporate training program). Example: G. Valdez and others, Effective Technology Integration in Teacher Education: A Comparative Study of Six Programs, Innovate 1, no. 1 (October/November 2004).

Development: Information on the newest projects, programs, tools, and trends in educational technology. Example: J. Maybaum, Web Publishing for the Individual, Not the Enterprise, Innovate 1, no. 1 (October/November 2004).

Commentary: Critical reflections on the changing nature of teaching, learning, and training in the 21st century. Example: D. Norris, J. Mason, and P. Lefrere, Experiencing Knowledge, Innovate 1, no. 1 (October/November 2004).

Ideas to Watch: Concept descriptions that point to important new directions for research, product, and process development. Example: J. Foreman, Video Game Studies and the Emerging Instructional Revolution, Innovate 1, no. 1 (October/November 2004).

From Our Sponsors: Articles that describe how educators use our sponsors’ products to enhance teaching, learning, and administration; how sponsors' services or products enhance educational effectiveness; or how sponsors view the future of education and the role information technology tools will play in that future.

Microsoft is our charter sponsor. We welcome manuscripts describing uses of Microsoft technology to enhance, extend, or replace traditional pedagogy or research methods in higher education. Please submit complete manuscripts to our managing editor, MaryAnne Gobble (mgobble@nsu.nova.edu).

Innovate occasionally publishes special issues focused on particularly relevant or timely issues in the educational community.

Each issue of Innovate also features a column by Alan McCord and Denise Easton, Innovate-Ideagora, who describe recent activity on our social network and share interviews with leaders in educational technology.

Innovate Interactive

Innovate is dedicated to showcasing the most dynamic, interactive technology available. In addition to article-specific features, such as interactive Webcasts that connect authors and readers, the "discuss" and “read-related” features that appear with each article, and our RSS feed, Innovate enters the Web 2.0 world with its own social network. On Innovate-Ideagora, our Ning-based social network, members participate in wide-ranging conversations about education and information technology and the future of education.

We also host a conferences page where subscribers can find out about upcoming events that focus on the use of information technology tools to enhance the educational process. If you are planning a conference that you wish to be listed in this section, please contact editor-in-chief James Morrison at jlm@nova.edu.

Subscribers

Subscriptions to Innovate are free, but we do ask subscribers to provide demographic information. Currently there are 72,869 subscribers in 272 countries, although the majority of subscribers are in the United States (53%), United Kingdom (6%), (5%), and Canada (5%). With respect to organizational type, 55% are in higher education, 14% in K-12 education, and 31% are in corporations, govermental, or other types of organizations. With respect to positions, 24% are faculty members, 9% are administrators, 13% are students, and 54% are in such positions as information technology specialist, staff, self-employed, or work as librarians.

MULHERES DO PLANETA


Vi uma reportagem na TV sobre uma exposição que está ocorrendo no OCA - em São Paulo.

é o trabalho de um artista do Marrocos (acho que com nacionalidade Francesa), Titouan Lamazou, que viajou por 40 países fotografando e colhendo histórias de mulheres.

Este é o catálogo oficial da exposição "Mulheres do Planeta", que acontece na Oca, em São Paulo, a partir de 11 de maio até 11 de julho de 2009.

A exposição faz parte das comemorações do Ano da França no Brasil.

Titouan Lamazou

De família francesa, Titouan Lamazou nasceu em Casablanca, no Marrocos, em 1955, e aos 11 anos decidiu enveredar pela arte. Aos 17 anos foi admitido na Escola de Arte de Marselha e Aix-en-Provence, França, porém, logo outra de suas paixões, a navegação, orientou seu talento e criatividade para outras paragens. Foi nesse momento que empreendeu sua primeira viagem transatlântica, combinando arte, vela e viagem de uma maneira original e única.

Em 1991, Lamazou consagrou-se como campeão mundial de regata oceânica. A partir de então, o artista percebeu que tinha maturidade suficiente para publicar diários de viagem pela maior editora francesa, Gallimard. Em 2001, Titouan decidiu dedicar sua vida ao projeto “Mulheres do Planeta”. (RETIRADO DO SITE DA FNAC)

o livro pode ser encontrado na FNAC.



vale a pena conferir. Adorei a produção.